A SAUDADE
Quando é genuína, é diferente. Parece mais suave, fluida, mas também é mais profunda, porque arraigada em memórias, momentos, figuras, risadas, sensações, sentimentos. Da minha mãe, sinto falta do sorriso, do olhar acolhedor, tão conhecido e amado, do cheirinho de talco pela casa, da vozinha estridente me chamando de "Lili!"... Do meu pai, o roupão vinho, a textura do cabelo molhado, o ritual do almoço às 11 horas, o jeitinho compenetrado na rede da varanda. Da Rebequinha, as bochechinhas, a atenção, a teimosia, o sorriso... Do Pedro Davi, os gritos, a maneira única que tem de assistir desenho animado, a mania de tocar na gente com força quando quer falar, a pele macia...Do Ivan, o jeito desligado, a voz pausada, mesmo quando está discutindo, o nissin miojo com hamburguer no jantar, a altura, o cheiro de perfume (humm!), o jeito de William Bonner...
Saudade...
Saudade...
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