sábado, maio 28, 2005

Ser amada é fundamental.
Revigora a alma, traz luz ao olhar, leveza ao espírito.
Felicidade.
Estes dias que estive em Fortaleza foram repletos de amor.
Parentes e amigos me recebendo com atenção, carinho, beijos e abraços apertados,
Nutrindo o meu coração.
Passou rápido, é verdade. Nem fiz tudo que gostaria de ter feito. Não conseguir ver todos que são caros a mim. Uma semana é pouco. Mas, apesar de pouco, foi vivida com intensidade. Eu via o amor e corria esfomeada atrás dele. De carência eu estou curada por muito tempo. Fortalecida. Reanimada. Até um bronze eu peguei, do sol caloroso da cidade.
Gostaria de agradecer, do fundo do meu coração, a cada um que fez destes dias, dias especiais. Cada qual com seu jeito e sua maneira de amar. Afinal, o que importa é o sentimento, a intenção do coração.
Quando for pra ser, estarei novamente aí batendo nas portinhas de vocês...
Enquanto isso, me faço por aqui e levo-os gravados na mente e no peito.
Cuidem-se, meus queridos, que eu também me cuido nesta terra gigante.

quarta-feira, maio 25, 2005

Organismo reunido novamente

organismo
Pensei que quando me reunisse novamente com elas iria querer discursar, colocar para fora a emoção do momento.
Mas não. Paralisei.
Elas nem desconfiam, mas fiquei quase quieta o tempo inteiro porque preferi contemplá-las e decorar cada movimento e vivacidade que vinha delas.
A Bina, nos chamando de “cara de tapioca”, com suas histórias sem fim, sorriso fácil, fivelinhas incontáveis no cabelo, afirmando seu jeito de menina.
A Lu, com seu olhar profundo e acolhedor, sua risada gostosa de ouvir e a obstinação na ponta da língua: “não vou comer sushi!”.
A Nine, com suas histórias pitorescas, reações doces de menina, fome de dragão (eheheh) e felicidade estampada no rosto.
A Beta, com seu traje estilo Nicole Kidman, cabelos ao vento, relatos coloridos e opiniões certeiras, sem meandros.
E eu, bem, como falei antes, estava a observá-las e elas nem perceberam. Deixei que se soltassem e fossem elas mesmas. Apenas falava uma ou outra coisa para que voltassem a se expressar e eu a sorrir.
Meninas, amo vocês. Que bom é vê-las crescendo e crescidas, cada uma a sua maneira e com seu toque individual. Espero que, ao partir, vocês se reencontrem mais vezes, ok?

sexta-feira, maio 20, 2005

Aula com o meu guru espiritual

Artur da Távola: tudo... o que seria de nós sem você?

Para refletir:

Ser jovem é andar confiante como quem salta, se possível de mãos dadas com o ar. É ter coragem de nascer a cada dia e embrulhar as fossas no celofane do não faz mal. É acreditar em frases, pessoas, mitos, forças, sons, é crer no que não vale a pena, mas ai da vida se não fosse isso...É esperar dos outros o que ainda não desistiu de querer...É abraçar esquinas, mundos, espaços, luzes, flores, livros, discos, cachorros e a menininha, com um profundo, aberto e incomensurável abraço feito de festa, cocada preta, dentes brancos e dos tímidos, todos prontos para os desencontros da vida. Com uma profundidade e permanente vontade de SER.

terça-feira, maio 17, 2005

Parabéns, Ivan!!!

Eu lembro quando ele era bebê.
Do sinalzinho na mão que eu gostava tanto de beijar.
Do cabelo de indiozinho.
Dos óculos imensos no rosto.
Do gênio forte, chorando por qualquer besteira.
Lembro também das nossas brigas por motivos tão infantis.
Eu sem saber pedir desculpas e ele com raiva, fechado.
E as palavras usadas como palavrões!
- seu sanduíche, seu restaurante, seu presunto!

Com o tempo ele foi crescendo.
A zanga foi substituída pela temperança.
O gosto por instrumentos musicais aflorou.
Uma forma de extravazar os próprios sentimentos.

Aos poucos também fomos nos aproximando.
Eu, deixando de ser grossa com ele, com ou sem motivo.
Fui aprendendo que ele é meu irmão, um rapaz formidável e que, assim como ele tem defeitos, eu também os tenho, e isso não impede que o amor seja tão grande...

Agora, completando 19 anos, ele é adulto, um homem feito, de quem sinto tanto orgulho.
Futuro médico, com certeza um sucesso profissional.
E, olhem que partidão! Além de médico, músico, carinhoso, atencioso, um gentleman!

Meu irmão, parabéns!
Que Deus te cumule hoje com muitas graças e que abençoe teus passos sempre.
Coma bolo alpino por mim e, na hora de apagar as velinhas, lembre que estarei do teu lado.

Beijos, te amo, Van-Van,
Ticiana.

segunda-feira, maio 16, 2005

Sobre Campos do Jordão...

Queridas tias Aninha e Tetê,

O convite para passar o final de semana com vocês em Campos do Jordão foi irrecusável. Claro que me imaginava matando as saudades, curtindo um friozinho gostoso, relaxando...Mas foi muito mais do que isso para mim. Para vocês também, tenho certeza, já que pude observar como se tornaram leves e resplandescentes. Tanto todas nós ficamos revigoradas e irresistíveis que fomos paqueradas nada mais nada menos que pelo Antonio Fagundes!

PAUSA
ANSIEDADE
RECUPERAÇÃO DE FÔLEGO

Comentário propício: que deus grego, hein? Que porte, que olhar, que homem! Ai, Cristo! eheheh...

VOLTANDO...

Vou sempre recordar os melhores momentos:

A história da data errada do meu aniversário, para ver se conseguiam pagar diárias mais em conta;
A pousada em que ficamos, com seus móveis antigos e aconchegantes;
As flores, de todos os tipos e cores;
Os visitantes com ar jovial e descontraído, sendo cada belezura por metro quadrado!
A truta maravilhosa;
O Cláudio, nosso garçom camarada;
A música ao vivo, ao fundo, e o cantor sem tirar os "olhim" de mim (eheheh);
O relógio da praça marcando 8ºC;
As mansões suntuosas;
As piadas;
Os passeios...inclusive a minha proeza de fazer vocês terem coragem de andar de teleférico, isso depois que garanti (não sei com que moral, meu Deus) que ninguém iria morrer;
O Peludo, cão prodígio;
A fúria capitalista nos assolando;
A risada gutural da tia Aninha;
As prefeitas!
O anel de ônix e prata;
As confidências enquanto tomávamos um vinhozinho Miolo e a tia Aninha com seu "quê" de enófila;
Nossa simpatia conquistando corações;
O taxista horrorizado com a gente botando boneco, bem ao estilo cearense;
A pisada no rabo do João, que mais parecia um gato e não um cachorro;
A loja que lembrava a casa de Toscana;
Os plátanos;
As joaninhas de metal e madeira (só faltaram as verdadeiras...)
A Nossa Senhora nos abençoando;
As caminhadas;
Mais um sonho...
Muitas saudades agora.

Obrigada do fundo do meu coração por terem me presenteado com esta cidade tão apaixonante...

AMO VOCÊS,
Ticiana.

sexta-feira, maio 13, 2005

Campos do Jordão

Aí vou euuuuu!!!!!

Uhuuuu!!!

Como disse no fotolog: vou abalar no Congresso de Medicina alheio...eheheheh!

quinta-feira, maio 12, 2005

A garota de cabelos dourados sente um nó no estômago.
Nada daquilo parece ter mais nexo.
Na verdade, está com aspecto envelhecido e gosto de nódoa.
Fel.
Mas ela não entende de tudo e em algum momento eles ainda se encontram.
Nem que seja por um relance.
Durante os segundos que duram o contato mais próximo.
Ele a segura, a protege do mundo ao redor.
Mas ela não quer mais aquilo.
Tanto ele sente isso que se incomoda e fica numa busca de compreendê-la pelo olhar.
Mas a garotinha de antes não está mais ali.
Agora ela é outra.
É mulher.
Que, ao cruzar a rua, sente o frio da noite e o do seu coração se mesclando.
E lhe dizendo que aquilo que se desenrola é nada mais que resquício do passado.
Um lugar de acolhida, mas também de dor.
Uma realidade negada.
Não correspondente ao que quer para sua vida.

Oi, joaninha. Hoje eu vi você passeando...Foi quando eu estava fazendo uma boa ação em plena Paulista. Eu te percebi ali, paradinha, num contexto em que você me dizia: - não está na hora ainda de eu chegar pra você...Mas sorri porque eu te enxerguei agindo em prol de outras pessoas e entendi que quanto mais eu me doar e amar os outros, descompromissadamente, mais eu vou me sentir completa, sem apressar tua vinda pra mim.

segunda-feira, maio 09, 2005

Reflexões

O som do alaúde penetra a alma.
O testemunho emocionado faz-me sorrir.
Sou cúmplice.
Entendo bem a importância de ter discernimento.
A diversidade, que é tão igual na ânsia de amar.

As lições escutadas com a atenção de novata no assunto.
E, antes de tudo, mais uma constatação de que certas coisas nunca mudam.
Apenas adquirem nova roupagem.
Pois aquela cultura está arraigada em mim.

Surpresa diante dos olhos vivos, brilhantes.
Dos dentes claros e boca bem desenhada.
Dos dedos sensíveis, dedilhando com paixão as notas na viola e violão.
Villa-Lobos, Bach, Stravinsky.

E a melodia infantil me lembrando o quanto ainda ajo como menina quando vejo/encaro algo/alguém que me encanta.
Medo da vida.
Por que tanto boicote?
A música ajuda a me encontrar.
Tá vendo? Sou Ticiana. Prazer.
Não desaparece mais não, hein?
Quero viver.
Viver...

Viver até diante do telefonema na noite de domingo.
Mesmo que seja pra me deparar com a decepção.
Com o não.
Com a minha verdade estampada na oposição do que você me propõe.
Frustração.
Mas também certeza, fortaleza e força.
Fé em mim mesma.
Orgulho e segurança.
E, mais uma vez, vida.

Joaninhas...não demorem tanto assim...
Cada vez que me deparo com a força da ausência de vocês, que vazio...
Me deixem quieta, na minha...Ou surjam de uma vez por todas!